O Dia Nacional de Prevenção de Acidentes no Trabalho, celebrado em 27 de julho, é uma data de grande importância no Brasil. Instituída para conscientizar trabalhadores, empregadores e a sociedade em geral sobre a relevância da segurança no ambiente de trabalho, essa data destaca a necessidade de práticas que visem a redução de acidentes e doenças ocupacionais. A implementação de medidas preventivas, o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs), e a promoção de uma cultura de segurança são fundamentais para garantir um ambiente laboral saudável e seguro. Além disso, investir na capacitação e no treinamento contínuo dos trabalhadores contribui para a criação de uma força de trabalho mais consciente e preparada para identificar e mitigar riscos. A celebração desse dia reforça o compromisso com a integridade física e mental dos trabalhadores, promovendo uma melhor qualidade de vida e produtividade.
No dia 27 de julho, foi instituída a portaria nº 3236, que efetivou o Plano Nacional de Valorização do Trabalhador, e a de nº 3237, que tornou obrigatórios os Serviços de Medicina do Trabalho e Engenharia de Segurança do Trabalho – SESMT em todas as Empresas com um ou mais trabalhadores. E dentre os profissionais do SESMT, destacamos o Técnico de Segurança do Trabalho que esta presente nas maiorias das empresas e acompanha a força de trabalho em toda sua jornada produtiva, responsavel por identificar, analisar e apontar medidas de prevenção de riscos ocupacionais, bem como propor medidas de prevenção para proteger os trabalhadores de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
Os acidentes de trabalho não afetam apenas a saúde e a integridade física dos trabalhadores, mas também têm impactos sociais e econômicos significativos. Cada acidente evitado representa vidas preservadas, famílias protegidas e um ambiente de trabalho mais produtivo.
É necessário investir em treinamentos, capacitação, equipamentos de proteção e na implementação de políticas de segurança eficientes. Como também, é fundamental promover uma cultura de denúncia e diálogo aberto, para que os trabalhadores se sintam encorajados a relatar situações de risco e a buscar soluções conjuntas.
O Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho nos lembra que a vida e a saúde dos trabalhadores são direitos inalienáveis, que devem ser preservados e respeitados. Todos nós, enquanto sociedade, devemos nos unir nessa causa e trabalhar juntos para garantir que nenhum trabalhador seja exposto a riscos desnecessários.
Os acidentes de trabalho têm impactos significativos tanto do ponto de vista social quanto econômico.
Em termos sociais, os acidentes de trabalho podem resultar em lesões graves ou até mesmo na perda de vidas. Isso afeta diretamente os trabalhadores e suas famílias, causando sofrimento emocional, físico e financeiro. Além de que, acidentes de trabalho podem levar a incapacidades permanentes, limitando a capacidade dos trabalhadores de desempenhar suas funções e de participar plenamente na sociedade.
Além disso, os acidentes de trabalho podem ter impactos negativos na comunidade e na sociedade como um todo. Aumentam os custos dos sistemas de saúde, sobrecarregam os serviços de emergência e podem gerar um aumento da demanda por benefícios sociais, como aposentadoria por invalidez e auxílio-doença.
Do ponto de vista econômico, os acidentes de trabalho também têm consequências significativas. As empresas enfrentam custos diretos relacionados a indenizações, tratamento médico e compensações aos trabalhadores acidentados. Além disso, a produtividade pode ser afetada, uma vez que a ausência de trabalhadores devido a acidentes ou doenças ocupacionais resulta em interrupções nas operações e no cumprimento de prazos.
Os acidentes de trabalho também impactam negativamente a economia como um todo. Eles geram perdas de produtividade e de capital humano, uma vez que os trabalhadores afetados podem ficar impossibilitados de retornar ao trabalho ou de exercer suas funções em sua plenitude. Além disso, a imagem das empresas pode ser prejudicada, afetando sua reputação e suas relações comerciais.
Portanto, é fundamental investir em medidas de prevenção de acidentes de trabalho, visando não apenas a proteção da vida e da saúde dos trabalhadores, mas também para evitar os impactos sociais e econômicos negativos que esses acidentes podem causar.
ESTATÍSTICAS
Dados do sistema eSocial do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) demonstram que em 2023 ocorreram em São Paulo 373 acidentes típicos, com morte. No Brasil esse número chega a 2.888 acidentes fatais, no mesmo período. Novo sistema do MTE o eSocial facilita a administração de todas as informações relativas aos trabalhadores brasileiros.
(1) O sistema registrou em 2023 um total de 499.955 acidentes de trabalho. Dentre os setores que mais registraram acidentes de trabalho com mortes e lesões graves no Brasil estão os setores da Construção Civil e de Transporte Rodoviário de Cargas e Passageiros. No setor da Construção Civil as principais causas estão relacionadas à queda de altura, soterramento e choque elétrico. No setor de Transporte Rodoviário de Cargas e Passageiros, as causas principais são a fadiga dos motoristas – devido ao excesso de jornada-, os riscos ergonômicos e psicossociais, a utilização de remédios e drogas estimulantes para aumentar produtividade e ganho financeiro, além de fatores como falta de manutenção nos caminhões/ônibus e rodovias precárias.
(2) O Ceará encerrou o último ano tendo registrado 7.996 acidentes de trabalho. O número mostra uma queda considerável em relação a 2022, quando foram contabilizados 10.739, segundo dados enviados à reportagem pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/CE), responsável por fiscalizar o cumprimento de leis trabalhistas através da Auditoria-Fiscal do Trabalho. Já em 2024, segundo dados compilados até o último dia 8 de julho, o Estado registrou 4.438 acidentes de trabalho, dos quais 18 foram fatais.
Fontes:
(2) https://www.revistaemergencia.com.br/destaques-revista-protecao/numero-de-acidentes-de-trabalho-diminui-no-ceara-especialistas-destacam-importancia-de-mais-fiscalizacao/